Ao efetuar uma compra em uma loja, você escolhe - após muito
custo - o produto desejado, prova, verifica outros, até definir o grande
escolhido. Este seria o processo mais chato de todos se não contássemos com o
grande gargalo das compras: a hora do pagamento e suas respectivas filas. Hoje,
o pagamento não implica apenas na saída de um 'suado' dinheiro do seu bolso,
mas também em um oneroso processo - algumas vezes até burocrático - para sair
da loja com um produto que você possa chamar de seu.
Apesar de todas as facilidades oferecidas nos meios de
pagamentos atuais, com os cartões de crédito, boletos bancários, carnês, e os
sistemas de pagamento virtual, como o PayPal, em breve a sua visão sobre eles
será uma mera lembrança em preto-e-branco, e isso acontecerá porque já existem
novos meios de pagamento invadindo o mercado.
Imagine poder pagar suas contas pela sua própria conta do
Twitter, ou fazer compras em uma loja e debitar o dinheiro por meio de um
identificador único que não necessita de assinaturas ou senhas? Apesar de
parecer um enredo de filme de ficção, este é o futuro dos meios de pagamentos.
E se pararmos um pouquinho para analisar, podemos notar que esse futuro não
está tão distante assim.
Pagamentos em redes sociais
Os sistemas de pagamentos digitais pela web existentes
atualmente, como o PayPal, e o PagSeguro, são grandes agregadores de meios de
pagamento, onde o seu dinheiro é enviado para estas operadoras e elas se
encarregam de pagar o vendedor.
Estas plataformas são proprietárias e acopladas às próprias
lojas virtuais, que adquirem o serviço destas operadoras e oferecem as opções
de pagamento fornecidas por eles, porém isso implica em um cadastro prévio na
loja virtual, ou no próprio serviço de pagamentos.
Uma alternativa que em breve surgirá para isso é o de
utilizar a sua própria conta das redes sociais, onde, a partir do seu login em
redes como o Twitter ou o Facebook, você poderá efetuar o pagamento nestas
plataformas citadas ou em outras.
Esta é a aposta do MercadoPago, plataforma de pagamentos do
portal Mercado Livre, que procura alternativas aos meios de pagamento pelas
redes sociais. Oferecendo um serviço de compras baseado em redes como o Orkut,
Twitter e o Facebook, o serviço poderá fornecer ao lojista virtual a opção de
incluir no seu site botões do tipo “Pagar com Orkut” e “Pagar com Facebook”.
Celulares leitores de cartão
Por quê não utilizar o seu próprio smartphone como máquina
para pagamento de cartões? A empresa Square, criada pelos fundadores do
Twitter, pretende fornecer à pessoas físicas ou jurídicas aplicativos que
permitem o pagamento de valores a partir de dispositivos com iOS (iPad,
iPhone), o sistema operacional de pequenos aparelhos da Apple; ou com Android,
o sistema para celulares do Google.
Aqui no Brasil a Cielo já tem um aplicativo semelhante,
podendo ser utilizado por profissionais liberais, como dentistas e psicólogos,
para o recebimento de suas consultas.
Dispositivos específicos
Desde 2004, um consórcio de empresas de tecnologia e de
pagamentos desenvolveu a NFC (sigla para "Near Field Communication").
O sistema consiste em um chip que é acoplado à dispositivos móveis e pulseiras,
tornando estes objetos capazes de se comunicarem com outros dispositivos de
cobranças - mais ou menos seguindo o mesmo princípio dos cartões eletrônicos
usados no transporte público.
Com dispositivos equipados com esta tecnologia você poderá
pagar seu ingresso de futebol automaticamente, apenas aproximando o seu celular,
por exemplo, da catraca do estádio.
Chip identificador
Algumas empresas já fizeram iniciativas neste sentido, onde
os usuários de um determinado serviço teriam um microchip identificador que
serviria como um documento universal. A Speedpass, empresa americana ligada ao
setor de combustível, por exemplo, já possui um chaveiro capaz de debitar
valores a partir de bombas de combustível e lanchonetes conveniadas ao sistema.
O modelo desenvolvido pela Speedpass é semelhante ao NFC,
cujo pagamento pode ser efetuado pela aproximação do aparelho (Foto:
Divulgação)
Este chip se comunicaria por rádio-frequência, e conteria
todas as informações do seu usuário, incluindo os documentos e os seus dados
financeiros, dando-lhe a capacidade de debitar dinheiro de sua conta a partir
de compras feitas em empresas filiadas a este novo serviço.
Mas se você pensa que isso tudo está muito distante e que é
algo muito futurista, preste mais atenção à sua volta, pois muitos destes
serviços já estão disponíveis em alguns locais e estão cada vez mais próximos
do seu próprio dia-a-dia.
Enquanto você estiver na fila do banco, esperando para ser
atendido para pagar as suas contas, lembre-se de que falta pouco para isso
acabar. Em poucos anos já estaremos pagando nossas contas com o nosso
"chip", ou com a conta do Facebook. Pelo celular, pelo menos, isso já é possível.
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